A «alternância»
António Manuel Pinho
privado.apinho@gmail.com
A gestão bipolar do poder, executada por PS e PSD, tem dominado a vida política desde 1976. Os resultados estão aí. Portugal vive uma das maiores crises da sua História, com responsabilidades partilhadas por estes dois partidos. E, pior ainda, atravessa um período de descrédito daquela que deveria ser a actividade mais importante do ser humano: a política!
Quando o povo diz «os políticos são uns aldrabões», está objectivamente a referir-se àqueles que têm dirigido os destinos do País: PS e PSD, mais o acessório conveniente chamado CDS-PP que, historicamente, é conhecido como almofada aconchegante dos governos do «centrão».
Erradamente, faz-se passar a ideia que a rotatividade socialista e social-democrata corresponde a uma «salutar alternância» de poder. Esta falácia procura esconder que, um e outro, têm adoptado a mesma lógica de orientação política que, nos últimos anos, deslocou a economia do terreno da produção para a especulação financeira – responsável, diga-se de passagem, pela grave crise internacional que atravessamos.
E quando, no mínimo, até por uma questão de bom senso, seria exigível a implementação de outro modelo económico, os mesmos continuam a defender as mesmas políticas. Nomeadamente, fornecendo meios financeiros aos vigaristas que usaram a banca para enriquecer ilicitamente; ao mesmo tempo que votam ao desespero centenas de pequenos e médios empresários ameaçados pela falência, e milhares de trabalhadores vítimas do desemprego e da miséria.
A «alternância» já se viu do que é capaz. Continuar a alimentar esperanças no «centrão» dos interesses e dos tráficos de influências será trágico para o País. A Esquerda e a Direita política - que não estão enfeudadas ao regabofe sistémico - têm de encontrar um novo rumo para Portugal, que passará necessariamente pela ruptura com este regime e a refundação da ética republicana.
SP, Nº6, 5 de Agosto 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
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