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sábado, 3 de abril de 2010

A Igreja Católica e a pedofilia

A pretexto do apagamento da memória que parece ter dominado algumas cabeças eclesiásticas, histórias de abuso e pedofilia continuam a ensombrar o passado da instituição, principalmente porque «a dor das crianças não mente»…
Remonta a Julho de 2004 a peça que, então, publiquei no semanário «O Crime». Apesar da denúncia à autoridade máxima do Seminário de Beja, ao que sabemos nenhuma diligência, até hoje, foi promovida pela hierarquia no sentido de apurar factos e acontecimentos.
A actualidade do artigo é inquestionável, e as denúncias com rosto ali postadas são à prova de fogo. Mas, apesar do formalismo de uma «culpa assumida», a Igreja continua a assobiar para o lado - alegando estar a ser «perseguida»...



Seminário de Beja fornecia «meninos» para orgias
O silêncio das sotainas

Durante anos o Seminário de Beja escondeu vícios privados e ostentou públicas virtudes. Senhores da região, muito beatos, estenderam a sua «caridade» à inocência e miséria de meninos pobres que ficaram marcados para toda a vida. O manto protector das sotainas ainda hoje é cúmplice de silêncios imemoriais. A religiosidade do povo alentejano, aos poucos e timidamente, procura resgatar Cristo da ignomínia de seus ardentes devotos…

Majestoso e imponente, o edifício do seminário de Beja ergue-se beijado pelo tórrido calor alentejano à quietude pardacenta do jardim público, onde velhos e crianças pela mão descansam e passeiam entre o arvoredo.

A cidade recebe-nos prazenteira e simpática à nossa circunstância de forasteiros. O povo alentejano é caloroso, sendo a sua abertura reconhecida por todos os que demandam para essas bandas. Há, no entanto, alguns «códigos» que devem ser respeitados e a sua intimidade dificilmente é exposta à curiosidade dos forasteiros, principalmente quando se trata de jornalistas. Há alguns esqueletos guardados no armário que a patine do tempo teima em fazer esquecer. E há uma mágoa guardada, bem escondida na vergonha sentida de um passado marcado pela ignomínia.

O latifúndio não foi, para os alentejanos, um mero sistema de desigualdade e injustiça na distribuição da propriedade a sul do Tejo. Foi mais que isso. Constituiu um punhal cravado na honra de cada homem e de cada mulher que, juntamente com a terra, foram propriedade de senhores poderosos. Não muitos decénios atrás, ao senhor da terra assistia uma espécie de direito ancestral a «tirar o cabaço» às raparigas. Para além da força de trabalho extenuada à jorna de sol a sol, a entrega tinha que ser total: a virgindade das moçoilas também havia de ser parte do inventário, da arrogância e da vaidade do agrário.

E importa falar destes tempos imemoriais para que se perceba toda a lógica de silêncios e cumplicidades que medra, ainda hoje, em terra alentejana. Uma terra e um povo de uma enorme religiosidade, ao contrário do que possa parecerem pela redutora análise política de movimentos sociais e influências ideológicas. Ao mesmo tempo, uma sólida consciência anticlerical perpassa a mente da maior parte das gentes, fruto de uma memória histórica que cola o clero à sombra das benesses dos poderosos e à guarda conveniente e afagadora dos poderes públicos. Salvo raras excepções, os padres não são benquistos das gentes alentejanas.

O roubo da inocência

Em fim-de-semana tórrido de há uma década atrás, Filipe (nome fictício) deixa as vetustas paredes do seminário para, com a alegria da sua puberdade inocente, ir passar o dia a casa de um benemérito, pessoa muito ligada à Igreja e à caridade, assim uma espécie de protector de pobres e desvalidos… Na herdade, a poucos quilómetros de Beja, quem vai para a aldeia de S. Brissos, esperam-no iguarias e senhores simpáticos. Apesar de lhe tocarem «nas partes» e lhe darem beijos repenicados e insistentes, o miúdo nunca por essa altura se apercebeu ser ele – e não os pretos servidos no repasto – a iguaria…

«Só tomei consciência de tudo quando, já adolescente, me apercebi que o carinho e afecto dos adultos não deve ter expressões dessas nas crianças», diz-nos Filipe. Ainda hoje, largado e seminário «pela incompatibilidade de vocação», casado e pai de filhos, este homem ainda jovem tem dificuldade em lidar com os seus medos, com esse lado obscuro de um passado que lhe roubou a inocência. Nunca mais passou pela herdade, que entretanto mudou de proprietários, e dificilmente nas suas idas a Beja consegue olhar, sem que uma lágrima lhe aflore o rosto, as paredes de uma sobriedade ostensiva em que se ergue o Seminário Diocesano de Nossa Senhora de Fátima (assim se chama com todas as letras, em rigor da verdade). É que, dentro dessas mesmas paredes, desses muros de silêncio cúmplice, foi também alvo da rapina libidinosa de quem usava «em vão o nome do Senhor» …

Silêncios cúmplices

Na cidade comenta-se, ainda hoje, esse passado negro da instituição secular e recordam-se os silêncios dos vários poderes. E fala-se das actividades de um sacerdote, responsável por uma instituição de acolhimento de estudantes, qual predador, que continua, pesem embora os escândalos de pedofilia na capital, a perseguir jovens e a seduzir meninos a troco de prendas, comprando a sua inocência e a sua pobreza. Todos sabem, todos calam, todos são cúmplices! – A começar peles autoridades, a quem estas actividades pedófilas não são alheias.

Pedro (nome fictício) também conheceu a herdade e, como Filipe, também ele saltitou a sua inocência no regaço de senhores muito beatos. Confrontado com factos, datas, locais e práticas que só quer esquecer, reagiu com um choro convulsivo e quase silencioso, ao mesmo tempo que o seu corpo se via possuído de um tremor antigo feito de vergonha e de dor. Continua ligado às coisas da Igreja, não seguiu o sacerdócio porque, entretanto, por altura da adolescência, a sexualidade despertou abrupta e vivificada, regeneradora mesmo, nos amores clandestinos de uma senhora mal casada. Separações consumadas, a dela com o marido, a dele com o passado – partilham um pequeno apartamento na margem sul do Tejo, mesmo ali em frente ao elefante branco que foi a Lisnave, berço de greves e lutas sociais. Pedro não fala, mas procura resgatar Cristo dessa ignomínia despudorada de sacerdotes que escondem velhos segredos pecaminosos nas franjas das sotainas…

Há muito tempo…

O actual reitor do seminário de Beja, padre Manuel Rosário, diz-nos: «Há dez anos atrás encontrava-me no estrangeiro». Curiosamente – ao contrário de parte substancial do povo da velha urbe alentejana -, desconhece «por completo o assunto» … E esta posição, ao mesmo tempo cautelosa e contraditória, ilustra a mundivivência da cidade e os silêncios que lhe subjazem. Em privado, longe de um comprometedor gravador ou de uma inconveniente máquina fotográfica, todos são unânimes em ratificar histórias de abusos e vilanias. Mas calam em público, numa cumplicidade negligente, o que é de seu foro privado, de conversas em família, ou em tertúlias de cafés da baixa.

A cidade, a bela Beja palco de tantas irreverências revolucionárias, cala-se à baixeza maior do rasgar das inocências e do desflorar das alegrias soltas desses «filhos do povo que nunca foram meninos». Pior do que a instituição latifundiária, causadora de tanta fome e de tanta dor, é essa memória antiga que todos – os das esquerdas e os das direitas – teimam em esconder nos armários.

A sociedade alentejana só se livrará do espectro lúgubre dos esqueletos que transporta na História quando, algum dia, se libertar do silêncio cúmplice de seus vícios privados. Filipe e Pedro são os primeiros heróis dessa missão histórica…

António Manuel Pinho

[in «O Crime», 1 Julho 2004]

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Para não esquecer...




















... quem é o deputado que, hoje, em nome do PS, atacou na Assembleia da República as propostas do Bloco de Esquerda e do PCP contra a corrupção: http://jornalprivado.blogspot.com/2009/11/o-ps-e-corrupcao.html. Ou de como «bem prega Frei Tomás»...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O PS e a corrupção...

«O PS garante que se a oposição se unir e aprovar o crime de enriquecimento ilícito vai pedir a verificação da sua constitucionalidade ao Tribunal Constitucional. inconstitucional e tudo faremos para que o Estado democrático vigore em Portugal' adianta Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada socialista, defendendo a fiscalização sucessiva do diploma caso seja aprovado na Assembleia da República. O BE apresentou a sua proposta ontem, o PCP prepara-se para o fazer.»
[Semanário «SOL», 13 Novembro 2009]

Sempre que se fala no combate à corrupção, o PS «foge com o rabo à seringa». O mais frenético opositor de iniciativas legislativas a propósito do enriquecimento ilícito é o deputado Ricardo Rodrigues que, em 1997, safou-se, «por uma unha negra», de ser arguido num processo por burla e branqueamento de capitais. Em 21 de Outubro o SP relembrou o seu passado menos conhecido...


Os «fantasmas» de Ricardo Rodrigues
L'important cest la rose
… ou de como o PS trata dos seus

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS não tem sorte nenhuma. Vai-não-vai, vindos do fundo do «armário» do passado, assolam «fantasmas» que teimam em fazer da sua vida um inferno. Agora é a Relação de Lisboa que estranha não ter ele sido sujeito a julgamento, corria o ano de 1997, por via de ligações a gente pouco recomendável e a branqueamento de capitais

O deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada socialista – e figura proeminente do partido -, parece não se conseguir livrar de um passado menos claro e que, volta e meia, teima a vir ao de cima.

Estávamos em Novembro de 2003, era Ricardo Rodrigues secretário regional da Agricultura e Pescas do governo de Carlos César, quando rebenta um enorme escândalo de pedofilia nos Açores, conhecido também por «caso garagem do Farfalha». Várias figuras conhecidas da discreta «boa sociedade» de Ponta Delgada vêem o seu nome enredado no escândalo, entre elas um conhecido médico e um procurador-adjunto, convenientemente transferido para o Tribunal de Contas do Funchal – e nunca, ao contrário do primeiro, «incomodado» judicialmente.

Rodrigues vê, também, o seu nome «enlameado» pelo diz-que-diz insular e, antes que a coisa atinja outras proporções , demite-se do Governo Regional. Porém, apesar do falatório, o agora deputado nunca foi constituído arguido no processo. Mas, azar dos azares, no início de Janeiro de 2004, são conhecidas ligações de Ricardo Rodrigues a um outro escândalo, neste caso financeiro, que envolvia uma burla tendo por alvo a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, S. Miguel, a poucos quilómetros de Ponta Delgada.

Ligações perigosas

Nessa época conturbada, a comunicação social passou a dizer à boca cheia o que se segredava à boca pequena e, «indignado», o responsável socialista resolveu processar um jornalista que, não só referiu este caso, como também o malfadado escândalo de pedofilia. Cinco anos depois, o Tribunal da Relação de Lisboa não lhe deu razão e, desgraça das desgraças, espanta-se, no acórdão, por o deputado não ter sido investigado nem ter ido a julgamento, no processo de Vila Franca do Campo.

O inquérito policial que investigou Ricardo Rodrigues por crimes de «viciação de cartas de crédito e branquamento de capitais» remonta a 1997 (nº 433/97.8JAPDL), sendo que relatórios da PJ enfatizam a sua estreita ligação à principal arguida, Débora Maria Cabral Raposo, entretanto detida e em cumprimento de pena, depois de vários anos com mandados de captura internacionais, e classificada pela polícia como «burlona e traficante de estupefacientes».

Rodrigues foi sócio e advogado de Débora, sendo que com ela frequentou os melhores hotéis e utilizou os serviços das mais conceituadas agências de viagens, tendo deixado um considerável rasto de «calotes»... Além da burlona, foram constituídos arguidos gente bem conhecida e bem relacionada da sociedade açoreana, entre eles Duarte Borges, primo de Carlos César e irmão de um conhecido magistrado judicial – um dos suspeitos da PJ, que conjectura sobre o relacionamento deste a um italiano (Bonaffini), com ligações a tráfico de droga e branqueamento de capitais, e a quem «eventualmente, o juiz (…) terá ilibado».
O estratagema encontrado para lesar a Caixa Geral de Depósitos foi gizado por Débora, ex-bancária e apontada como «cérebro da operação». Esta e o gerente da CGD, Duarte Borges, engendraram um esquema de acesso a empréstimos fraudulentos servindo-se de um singular expediente. Como Borges usufruía de capacidade para conceder empréstimos até 2.500 contos, apenas com a finalidade de «adquirir novilhas para recria», angariavam putativos agricultores para acederem ao crédito, a troco de algumas dezenas de contos
.

Denunciado em acareação

Este expediente, permitiu à «associação criminosa» prejudicar o banco do Estado num valor aproximado de 1 milhão e meio de contos, utilizados em operações de «engenharia financeira» muito duvidosas e, segundo a PJ, com ligações a redes internacionais de tráfico de droga, com quem Débora Raposo teria estreitas relações. Um dos tentáculos destas operações era o Colégio Internacional, no Funchal, cujos sócios eram Débora , Ricardo Rodrigues e a sociedade offshore Hartland Holdings Limited, uma obscura empresa com sede num apartado da Ilha de Man, no Reino Unido.

As declarações nos autos do ex-gerente da CGD são esclarecedores: «Foi referido pelo arguido detido, Duarte Borges, na acareação (…), que tem consciência que enviou vários milhares de contos (da CGD, provenientes de empréstimos agrícolas) à Débora Raposo / colaboradores, tendo indicado, entre outros, o arguido Ricardo Rodrigues. Mais, referiu que a Débora e os colaboradores, onde se encontra o arguido Ricardo Rodrigues, negociavam Cartas de Crédito, com dinheiros dos empréstimos fraudulentos em vários países».

Como, em 2003, referia uma fonte policial, «os indícios e elementos probatórios fortes, nunca foram assim entendidos pelo Ministério Público, vá-se lá saber porquê». Seis anos depois, a Relação de Lisboa deu razão retroactiva ao agente policial. Entretanto, vá-se lá também saber porquê, depois do destapar mediático do escândalo financeiro e dos rumores da pedofilia, que levaram o então secretário regional a demitir-se «por uma questão de honra», Ricardo Rodrigues teve uma das mais meteóricas ascensões na nomenclatura socialista. É caso para dizer que o PS protege os que caem em desgraça...

Repórter SP

[SP Nº17, 21 Outubro 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Toma lá 200 milhões!

«(...) Mas não só. Percebe-se também como, a seguir à PT (obrigada a sair de cena pela polémica política entretanto gerada), surgiu a Ongoing. E como é que através desta se pretende ajudar o empresário Joaquim Oliveira, que necessita de injecção de capital. (...)»
[Semanário «SOL», 13 Novembro 2009]

Já no final de Setembro de 2009, o Semanário Privado havia denunciado «negociatas socialistas» para ajudar o «amigo» Joaquim Oliveira - e de como essa ajuda já era antiga. Dois «amigos», em particular, no jogo de interesses: Armando Vara e José Sócrates...

Empresa de Joaquim Oliveira não necessita de bancos
A ZON EMPRESTOU 200 MILHÕES À SportTV E ABRIU UMA GUERRA ENTRE ACCIONISTAS

A ZON tem-se substituído aos bancos e já emprestou à SportTV cerca de 200 milhões de euros a título de suprimentos. Os accionistas sentem-se prejudicados e denunciam concorrência desleal porque esse dinheiro poderá estar a financiar, indirectamente, outros negócios de Joaquim Oliveira, que chocam com os interesses de accionistas da ZON com maior peso

Estabeleceu-se no seio do núcleo duro dos accionistas da ZON um clima de desconfiança e mau estar devido ao facto de a administração, presidida por Rodrigo Costa, os ter informado de que o BEI - Banco de Investimento Europeu, a 3 de Setembro último, aprovou um empréstimo a longo prazo de 100 milhões de euros para financiar o desenvolvimento da rede nova geração, mais conhecida por fibra. Mas este sentimento de desconfiança estabeleceu-se porque, nos últimos 3 anos, a ZON substituiu-se aos bancos e injectou como suprimentos cerca de 200 milhões de euros na SportTV, empresa com a qual mantém uma parceria de 50% do capital, exactamente a mesma percentagem de Joaquim Oliveira.

Queixam-se os accionistas, de que a ZON beneficiou um dos seus parceiros com a injecção de 200 milhões de euros a título de suprimentos e agora tem de andar a pedir dinheiro emprestado aos bancos quando este está cada vez mais caro, desconfiando, ainda, de que uma parte destes 100 milhões possam vir ter o mesmo destino dos outros 200 milhões.

Com esta operação, a ZON poupa a SportTV de ter de recorrer directamente a bancos para se financiar, evitando custos altíssimos e até uma possível recusa de crédito, devido ao facto de se saber no mercado financeiro que Joaquim Oliveira contraiu um financiamento de cerca de 300 milhões de euros para comprar a Lusomundo, no Milleniun-BCP, ao tempo da gestão de Paulo Teixeira, com o compromisso de liquidar a dívida em três anos e isso não aconteceu, tendo Joaquim Oliveira sido salvo pelo seu amigo Armando Vara que, entretanto, mudou da administração da CGD para o Millenium-BCP.

«Galinha dos ovos de ouro»

O problema é que não obstante esta injecção de dinheiro, camuflada de suprimentos e feita por apenas um dos sócios da empresa, a SportTV continua com uma grande dívida à RTP por utilização de meios, facto que levou tanto Emídio Rangel como posteriormente Almerindo Marques, a denunciarem a parceria que tinham com esta empresa por terem chegado à conclusão de que o grande beneficiado com o negócio era apenas Joaquim Oliveira.

O «patrão» da Olivedesportos é que detém os direitos das transmissões dos jogos de futebol e depois os vende à SportTV da qual também é sócio, fazendo desta forma um negócio onde lucra duas vezes. Almerindo Marques acabou com essa «galinha dos ovos de ouro», mas imediatamente a TVCabo comprou a sua posição transferindo-a para a ZON.

O que se sabe é que Joaquim Oliveira paga aos clubes de futebol pouco mais de 50 milhões de euros/ano pelos direitos de transmissão de jogos de futebol e, depois, vende-os para o resto do mundo, incluindo a SportTV, por quatro vezes mais. Ora se após este fabuloso lucro, ainda conta com a ajuda da ZON como financiadora, este pode ser considerado como um dos melhores negócios do mundo.

Sócrates nas festas de Oliveira

Os que discordam da gestão actual de Rodrigo Costa, que entrou para a PT sob a «bênção» de Sócrates e Henrique Granadeiro, afirmam que não entendem como é que detendo o grupo de Joaquim Oliveira uma participação de apenas 3,71% da ZON, este é beneficiado com cerca de 200 milhões de euros de suprimentos. E o sentimento de desconfiança aumenta quando se sabe que tanto Armando Vara, como Sócrates, são presenças assíduas nas festas que Joaquim Oliveira dá na sua casa em S. João do Estoril.

Quando a RTP deixou de ser sócia da SporTV, os direitos de transmissão de jogos passaram para a TVI, mas o amigo Moniz de outras lutas e outros negócios no tempo da RTP, deixou de contar com o apoio de Joaquim Oliveira e os directos foram novamente adquiridos pela nossa televisão pública.

Concorrência desleal

Os relatórios e contas enviados para a CMVM mostram que a ZON em 2007 fez um suprimento à SportTV de 70 milhões de euros. Em 2008 foram mais 65 milhões de euros e em 2009, foram mais 60,5 milhões de euros, totalizando 195,5 milhões de euros. Perante tais números, perguntam os accionistas, se o dinheiro deles está a servir para fazer concorrência aos seus próprios negócios, dado que bancos como Caixa Geral de Depósitos, BES e BPI são accionistas da ZON com um peso muito superior ao de Joaquim Oliveira. E como a ZON vai buscar dinheiro mais barato para o emprestar sem juros à SportTV está a concorrer com os seus interesses. Mas o maior paradoxo, reside no facto de um dos accionistas ser a Cofina que detém uma posição de 4,91%, muito superior à de Oliveira, e com o seu dinheiro está a financiar, indirectamente, jornais concorrentes como o DN, JN e O Jogo - que são propriedade do grupo ligado a Joaquim Oliveira.

A Cofina, que apesar de ter obtido lucro em todas as publicações do grupo, Correio da Manhã, Record, Sábado, Flash e Vogue, teve um resultado negativo de 73 milhões de euros, na sequência da penalização por perdas relacionadas com a sua participação na ZON que anda desbaratar dinheiro oferecendo suprimentos à SportTV.

Socialistas beneficiam Oliveira

Os economistas com assento nas reuniões do Conselho de Administração da ZON estão conscientes de que se a empresa não tivesse feito os tais 195,5 milhões de euros de suprimentos à SportTV, talvez não tivesse necessidade de, neste momento, ter ido buscar ao BEI os tais 100 milhões de euros para financiar novos projectos na sua rede de nova geração.

Mas não é a primeira vez que Joaquim Oliveira é beneficiado neste tipo de negócios. Quando foi feita a OPA para a PT Multimédia, Joaquim Oliveira foi beneficiado com 4 milhões de contos de acções, pelo então ministro Pina Moura. Acções que duas semanas depois valiam quatro vezes mais. Em 2003, em situação financeira muito difícil, o grupo de Oliveira salvou-se com a atribuição em exclusivo de um variado pacote de negócios ligados ao EURO 2004 e após esta crise, lá surgiu novamente Armando Vara a conseguir uma prorrogação do prazo para os 300 milhões de euros que serviram para comprar o grupo Lusomundo. Com estes 300 milhões de euros ao Milleniun, mais os 195,5 de suprimentos da ZON, Joaquim Oliveira só em duas instituições deve meio bilião de euros.

M.N.

[SP Nº13, 23 Setembro 2009]

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Edição Nº18, amanhã nas bancas

SP SUSPENDE PUBLICAÇÃO
E VOLTA NO INÍCIO DO ANO

Até já!

Iniciando a publicação em 1 de Julho, o Semanário Privado assumiu-se, desde o início, como um projecto de jornalistas e uma voz livre ao serviço da diversidade que todos somos.

Provamos, 18 semanas depois do início desta jornada, que é possível afirmar uma voz alternativa à formatação mediática em curso, ao discurso único e ao «jornalismo por encomenda».

Passada esta primeira fase, entendemos por bem, porque acreditamos neste projecto de cidadania, fazer uma pausa nas edições, apostando numa segunda série no início do próximo ano. Desde logo, porque é preciso trazer a este projecto de jornalistas uma nova e necessária componente: a sua elevação a um projecto empresarial, dotando-o de meios e instrumentos necessários à sua afirmação no universo mediático. E, por outro lado, reiniciar a nova edição em condições de promoção e divulgação que permitam ao Semanário Privado subir a um outro patamar, nomeadamente, tornando-o conhecido de cada vez mais leitores.

Não é o fim, é um até já para regressar em melhores condições, com nova imagem e novos meios para melhor servir o direito à liberdade de imprensa, dizendo sempre a verdade, doa a quem doer! Obrigado por acreditarem em nós.

A Direcção do Semanário Privado


CONTINUAMOS A ESTAR EM www.jornalprivado.blogspot.com E NO FACEBOOK
BREVEMENTE PORTAL COM EDIÇÃO ONLINE

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Filipa Sabrosa conta tudo ao SP
sobre casamento com Simão


Desde Madrid, onde se desloca semanalmente para estar com o marido e os filhos, Filipa Sabrosa falou em exclusivo para o SP, esclarecendo, de uma vez por todas, os boatos que têm surgido nos últimos tempos sobre uma suposta separação

Escândalo Casa Pia
Silvino disse o que o deixaram...

Nesta fase final(!?) do processo começam a vir a lume alguns factos que, à época, não eram muito claros, nomeadamente as circunstâncias que permitiram, junto da opinião pública, criar a ideia de que Carlos Silvino da Silva (vulgo «Bibi) estaria a colaborar com a equipa de magistrados e investigadores do escândalo Casa Pia. (...)
Bravatas...
Na última edição do SP, num artigo sobre o escândalo Casa Pia (A FERRO e fogo), fazia-se referência a um advogado do processo que teria sido pago por um ex-ministro do PSD para que o seu cliente, nesse mesmo processo, não «falasse mais do que o 'aceitável'». Para nossa surpresa, só um dos causídicos é que se «picou» - nomeadamente, o advogado de «Bibi», José Maria Martins. E, na blogosfera, logo ameaçou com processo contra este jornal.
Como não nos escondemos por detrás de comentários em blogues, cá ficamos à espera do processo.

Gripe AH1N1…
O logro da vacina
… a sua duvidosa eficácia e os seus efeitos secundários

Nas últimas semanas abordámos este assunto, fornecendo elementos sobre a natureza deste vírus e dos seus efeitos em termos de saúde pública. Comparámos as taxas de mortalidade ocasionadas pela gripe vulgar em cada ano e os números muito inferiores de vitimas mortais até ao momento registadas por infecção com o vírus AH1N1, evidenciando as razões profundamente politicas (e não médico-científicas) que determinaram a declaração de Pandemia Mundial por parte da OMS

Por duas vezes
JORNALISTA IMPEDIDO DE VOTAR

Quando no dia das eleições legislativas se apresentou na mesa de voto para exercer o seu direito cívico, o jornalista Jorge Schnitzer foi impedido de o fazer porque o seu nome tinha sido apagado dos cadernos eleitorais. Durante duas semanas recorreu a todas as instituições para repor a legalidade, mas não obteve resposta e também não conseguiu votar nas autárquicas. Se calhar por ser um acérrimo crítico de José Sócrates...

PAULO FREITAS DO AMARAL
POLÍTICO-REVELAÇÃO AO SP
«O meu avô materno foi preso pelo Salazar»!

Membro de uma conhecida família de políticos e «guerreiros», o primo de Diogo Freitas do Amaral, Paulo, 31 anos, vai tomar posse como presidente da Junta de Freguesia da Cruz Quebrada-Dafundo, que conquistou por 16 votos, a única que resistiu ao movimento de Isaltino em Oeiras. Tem pensamento próprio, é socialista desde a adolescência e não larga a bateria da banda rock Baby Jane, nem o mundo das artes e das ideias. É fã dos Xutos e de Jorge Palma, escreve, compõe e vê a música como terapia

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Edição Nº16 nas bancas

Fugiu ao assédio sexual das «beatas» na Amadora
Até o padre se pirou!


A história não é de hoje e conta-se à boca fechada no Centro Social e Paroquial da Amadora: as «beatas» não largavam o jovem pároco Daniel Gomes de Almeida, que pediu para ir pregar para outra freguesia. Neste domingo, toma já posse em Arruda dos Vinhos…


Candidata mais idosa das Autárquicas desfia as suas memórias
Ela comeu o pão que o Diabo amassou

Graças a uma respeitável senhora, de 97 anos, que se candidatou a um cargo autárquico nas listas do PS, Vila Franca das Naves deixou de ser uma localidade perdida nas faldas da Serra da Estrela e mereceu honras da visita dos principais canais de TV, e até a Globo mandou uma equipa de reportagem. Perdeu as eleições, mas fica o gesto insólito e altruísta de uma senhora com muitas memórias para contar.


«Urdiduras» e «cabalas»
A FERRO e fogo...

O ex-líder socialista acaba de perder mais um embate judicial. A Relação de Lisboa diz não se ter provado que o jovem que o denunciou tenha mentido. Quem mentiu, segundo a juiza do processo Casa Pia, foram Ferreira Diniz e Jorge Ritto ao negarem já se conhecerem antes do escândalo. E diz-se, nos «mentideros» do processo, haver uma «toupeira» e um desesperado financiador da defesa de um dos arguidos...

Mas não é tudo. Nos «mentideros» policiais e judiciais fala-se de um ex-dirigente político, ex-ministro do PSD e proeminente figura dos negócios que tem estado por detrás do suporte financeiro à defesa de um dos arguidos do «processo Casa Pia», e de um advogado desse mesmo processo que, segundo alguns, seria a «toupeira» da rede pedófila para evitar que esse mesmo arguido falasse mais do que o «aceitável»...


Flores são usadas para fabrico do ópio
Polícias andam na «apanha» da papoila!

As investigações decorrem a ritmo lento. Nos últimos dois anos já foram apreendidas milhares de plantas opiáceas mas ninguém descobre de quem são as misteriosas plantações…


Nuno Miguel Henriques
consultor e político
«Há uma asfixia cultural»!

Em entrevista ao SP, o consultor de Imagem e Protocolo, actor, deputado municipal no Fundão e ex-mandatário nacional de Patinha Antão, denuncia que «há asfixia cultural», condena a «falta de renovação» nos partidos políticos e sente-se, aos 35 anos, «uma ameaça para os fracos do PSD», partido no qual milita e apresentou moções nos dois últimos congressos.

Por culpa de juiz
«Trabalhei toda a vida e não me pagam»

Depois da falência, em 1995, trabalhadores da Amdeu Gaudêncio, outrara uma das maiores empresas de construção civil portuguesas, ainda não receberam indemnizações, apesar de o dinheiro estar disponível, desde 2005, na Caixa Geral de Depósitos. Entretanto, cerca de 40 porcento destes já faleceram e, mesma assim, não se vislumbra desfecho célere. Juiz e liquidatário de falência parecem não ter muita pressa em que se faça justica.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Edição Nº15 nas bancas

SP revela os negócios turvos...
DETECTORES DE MINAS «EXPLODEM»
NAS MÃOS DE PORTAS E MOITA FLORES


Paulo Portas, bem como Francisco Moita Flores, presidente da Câmara Municipal de Santarém, e dois dos seus três filhos, estão envolvidos num negócio que é tudo menos transparente: a construção de unidades robotizadas cuja missão seria a desminagem.

O MP investiga Câmara de Portimão contrata
empresa da mulher de João Soares por «ajuste directo»
O AMIGO SOARES

Não é ilegal, mas pode ser encarada como uma forma de clientelismo e falta de transparência no poder autárquico, a concessão por ajuste directo pela câmara socialista de Portimão à empresa da mulher de João Soares, a «Blue Velvet Lda», por 330 mil euros, da exposição «Gosto de Mulheres», que esteve patente até Maio, na Galeria Arade, no Parque de Exposições da cidade


Acompanhámos combate à pobreza em Lisboa e Amadora
Retalhos da vida de um excluído

Dois repórteres do Semanário Privado acompanharam, à noite e de dia, em Lisboa e na Amadora, o trabalho de duas obras sociais cristãs, uma ligada ao Banco Alimentar contra a Fome e à Igreja Católica; outra pertencente à protestante Igreja Adventista do Sétimo Dia. É um retrato social da pobreza, com histórias de exclusão e de ajuda ao próximo, de miséria e de amor


Filmes pedófilos ainda estarão em circulação
Cameraman filmava meninos da Casa Pia

O escândalo da pedofilia na Casa Pia, independentemente da evolução do processo que corre no Tribunal de Monsanto, poderá vir a ter novos desenvolvimentos que, em tese, poderão dar origem a um novo processo. Isto, evidentemente, se os factos a purar ainda não tenham atingido o limite de prescrição. O caso em apreço terá a ver com umas filmagens, realizadas nos anos 80, que envolviam situações de abuso de menores e pornografia infantil


Adelino Maltez, professor catedrático do ISCSP, ao SP
«Ainda há muito PIDES em serviço!»

O politólogo diz, em entrevista ao Semanário Privado, que em Portugal há muitos «bufos», «espiões desempregados» e «agências privadas em auto-gestão», mas a polémica das escutas em Belém não passa de um «Watergate dos pastéis»...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Edição Nº14 já nas bancas

Por causa de 35 mil euros
SCOLARI ZANGADO COM MADAÍL

No último contrato estabelecido entre os dois, ficou combinado que a FPF pagaria a renda de casa do técnico brasileiro, mas isso por razões de logística nunca aconteceu e Scolari acabou por pagar impostos sobre o dinheiro que foi adiantando para cobrir a renda de casa.
Mas, para além do «vil metal», houve outros motivos para a zanga. Uma história nunca contada.


Odete Santos
«EXISTE ESPIONAGEM POLÍTICA»

A mulher que foi silenciada na SIC-Notícias fica irada quando acusam o PCP de ser estalinista, fala dos dissidentes do partido e acusa Zita Seabra de ser «uma vira casacas». Odete Santos tem alguns amigos na direita mas confessa «o ódio» que sente aos fascistas.


Despacho do DCIAP decide
A FAVOR DA BLOGOSFERA
PELA LIBERDADE DE CRÍTICA

Miguel Sousa Tavares avançou com um processo contra desconhecidos por terem criado um blogue no qual se divulgava o decalque de vários parágrafos publicados em «Equador» e retirados do livro «Freedom at Midnight», de Lapierre e Collins. «São expressões duras, mas enquadradas no contexto geral da crítica directa às obras e à escrita de Miguel Sousa Tavares», decidiu o procurador.


HÁ «LODO» NO TÉNIS
Não está pacífico o ambiente no sector do ténis nacional, a partir do momento em que o candidato derrotado das eleições efectuadas em 28 de Março para a direcção da federação da modalidade (FPT), Adolfo Inácio Oliveira, decidiu apresentar uma queixa no MP e ao secretário de Estado do Desporto, sustentando que o acto que deu a vitória ao actual presidente, o advogado José Maria Calheiros, «foi falseado e é ilegal, devendo ser anulado»...


TAP DISCRIMINA GRÁVIDAS

A mesma empresa que este ano foi distinguida nos prámios «Igualdade é Qualidade» está a ser acusada de práticas ilegais e de penalização da maternidade. Um grupo de trabalhadoras da TAP acusa a administração de Fernando Pinto de discriminar as mulheres, simplesmente por terem sido mães.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Edição nº13 já está nas bancas

Amigos socialistas «safam» Joaquim Oliveira
TOMA LÁ 200 MILHÕES!


Conheça o escandaloso negócio de milhões, envolvendo o empréstimo da Zon à SporTV, que abre uma «guerra» entre accionistas e revela as estreitas ligações de Armando Vara e Sócrates ao patrão do canal desportivo…
A ZON tem-se substituído aos bancos e já emprestou à SporTV cerca de 200 milhões de euros a título de suprimentos. Os accionistas sentem-se prejudicados e denunciam concorrência desleal porque esse dinheiro poderá estar a financiar, indirectamente, outros negócios de Joaquim Oliveira, que chocam com os interesses de accionistas da ZON com maior peso.


O caso da manta desaparecida de Maddie
GONÇALO AMARAL
ADMITE PROCESSAR OS MCCANN

Segundo apurou o SP junto de fontes ligadas ao ex-inspector da PJ, Gonçalo Amaral vai apresentar uma queixa judicial contra os McCann a propósito da manta desaparecida do apartamento do Ocean Club


TVI PAGOU AO CASAL MONIZ
4 MILHÕES EM 3 ANOS

Três milhões, seiscentos e dez mil e dezassete euros e vinte e nove cêntimos (3 610 017,29) foi quanto a TVI pagou a José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes nos anos fiscais de 2006, 2007 e 2008, segundo se pode confirmar pela consulta das declarações de IRS. Uma verba escandalosa no mundo da comunicação social portuguesa, que tem assistido recentemente à dispensa de dezenas de jornalistas dos órgãos de comunicação em que trabalhavam.


Espião do SIS infiltrou-se na al-Qaeda
«EMBAIXADA DOS EUA ESTEVE
PARA SER BOMBARDEADA
A PARTIR DO HOSPITAL SANTA MARIA»

Mohammad é o nome de código do espião português, contratado pelo SIS, que andou durante quatro anos infiltrado junto de elementos da al-Qaeda na Península Ibérica - e que vai passar essa experiência para um livro que promete fazer furor.


«NÓS SOMOS A REVOLUÇÃO
E SÓCRATES A REACÇÃO»

Ao SP, os irmãos Duarte deitam abaixo o primeiro-ministro, acham que foram censurados pelo seu Gabinete na SIC e prometem continuar a lutar. Jel (Nuno) e Vasco não vão deixar de ser os «revolucionários» Neto e Falâncio, as incómodas personagens da «esquerda reivindicativa» que metem medo a José Sócrates. Recusam ser os «humoristas do regime» e estão, por agora, no portal Sapo, aguardando pela luz verde de um canal de TV generalista.


REVELAMOS CASOS DE PERSEGUIÇÃO
NA FUNÇÃO PÚBLICA
«Chiuuu!... que ninguém nos oiça, nem nos veja!». Há trabalhadores que são perseguidos, discriminados, e mesmo despedidos por participarem em actividades sindicais. O ambiente que se vive na Função Pública «é intimidatório» e levantar a voz contra o poder pode valer um «prémio» - a retaliação.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Edição nº 12 já está nas bancas

PGR recebe denúncias sobre caso Maddie
PELUCHE GUARDA SEGREDO


«Por que motivo foi lavado o peluche que a menina usava antes da chegada a Portugal dos cães ingleses especialistas em farejar odor a cadáver?» - interroga Gonçalo Amaral em entrevista, onde revela outros factos que podem reabrir o processo.
O ex-inspector vai, ainda, pedir uma audiência aos partidos políticos e ao Presidente da República depois de o seu livro, «Maddie-A Verdade da Mentira» ter sido mandado apreender por ordem de uma juíza do Tribunal Cível de Lisboa. O ex-inspector acha que a liberdade de expressão está ameacada, numa altura em que novos factos respeitantes ao desaparecimento de Maddie podem vir à ribalta.

O mistério da casa da mãe de Sócrates
DOCUMENTOS DESAPARECERAM
E MP ARQUIVOU PROCESSO

Há cinco meses foi participada uma queixa- crime a dar conta de um curioso desaparecimento. Vários documentos a identificar a empresa off-shore que vendeu o apartamento na Heron Castilho a Maria Adelaide Monteiro, mãe do primeiro-ministro, perdiam-se no notário. Agora sabe-se que, depois da abertura do inquérito pelo DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal), o caso foi encerrado. O SP conta-lhe tudo.

Manuel Monteiro em exclusivo ao SP
«PORTAS É O MESTRE DA FINTA»

«Ser livre significa não ser comprado»
Manuel Monteiro, dixit

Já foi líder do CDS, no qual militou desde os 13 anos. Empenhado e voluntarista, Monteiro encabeça agora a Missão Minho, um movimento de cidadãos que, sob a sigla do PND, pretende chegar a S. Bento. Cabeça de Lista por Braga, o ex-líder centrista defende o poder popular e a democracia directa - e diz que a direita não tem de ser reaccionária.

Numa altura em que se prevê um grande surto de Gripe A
MÉDICOS E ENFERMEIROS
DOS HOSPITAIS ANDAM SEM MÁSCARA

O SP foi ao Serviço de Urgências (SU) do Hospital de São José, em Lisboa. Os repórteres contam-lhe o que viram: desde as filas intermináveis à longa demora no atendimento, passando pela escassez de condições para poder prestar um serviço hospitalar de qualidade razoável... E vimos que os enfermeiros não usam máscaras contra a Gripe A!

Alexandrino «apanhado» a ler a sina
«AS PESSOAS NÃO DEVEM ACREDITAR EM NADA»

O «Prof.» Alexandrino foi ler as cartas aos transeuntes de Lisboa. No Chiado, bem perto da estátua de Fernando Pessoa, o mediático «bruxo» acertou na «análise» feita a algumas pessoas, garante que o SP «terá sucesso», o Benfica «não vai ganhar o campeonato», Cristiano Ronaldo «vai sofrer muito» e Manuela Ferreira Leite «vai ganhar devido ao imenso desemprego que há».

domingo, 13 de setembro de 2009

Gripe A


Há verdades que incomodam...

Toda a Verdade.

Na edição de 16 de Setembro.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Edição Nº11 já nas bancas

«LIVRO BOMBA»
sobre licenciatura de Sócrates


Escritor de «O Dossiê Sócrates – a investigação do percurso académico de José Sócrates, com factos novos», e dono do blogue «Do Portugal Profundo», António Balbino Caldeira, volta à carga com a investigação ao trilho académico do primeiro-ministro português, documentos inéditos e revelações sobre um caso que apaixonou o País. O autor já foi, há tempos, processado por Sócrates, mas a queixa acabou arquivada.

Familiares do pai indignados com Ronaldo
«DESPREZA-NOS POR SERMOS POBRES »

Familiares do pai de Cristiano Ronaldo ficaram à margem da homenagem a Dinis Aveiro promovida pelo clube, onde a estrela galáctica iniciou a sua carreira. Presidente do Andorinha diz que os convites foram enviados com atraso...

Ex-segurança do Vaticano ao SP
«LISBOA ESTEVE NA MIRA
DE UM ATENTADO TERRORISTA»

Em Janeiro do ano passado estiveram previstos atentados em Barcelona e Lisboa, que acabaram por ser abortados. Quem o garante é Gabriel Rucha Pereira, ex-responsável pela segurança do Papa João Paulo II. Oito anos depois do 11 de Setembro, o criminalista não tem dúvidas: o terrorismo previne-se através da Psicologia.

MONIZ EM CLUBE SECRETO COM BALSEMÃO

Foi em 1987, quando era director do canal do Estado, RTP, que José Eduardo Moniz participou no encontro anual do Grupo de Bilderberg, a convite do ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Edição Nº10, amanhã nas bancas


Com os clubes à beira da bancarrota
PATRÕES DA FPF VIVEM QUE NEM UNS LORDES



> Pode haver crise financeira no nosso futebol, mas os vencimentos galácticos dos dirigentes são cada vez mais altos. Gilberto Madaíl ganha 40 ordenados mínimos na FPF e o secretário-geral, ângelo Brou, para além de mais dos 2 mil contos mês, acrescenta ainda ao seu vencimento o pagamento de uma suite num dos mais luxuosos hotéis de Lisboa, tudo porque se recusa a viver num apartamento.



FREEPORT – exclusivo SP
Homem do DVD TRAMA SOCIALISTAS


> São os novos desenvolvimentos de um processo que, pesem embora as tentativas de apagamento, continua a pôr em causa figuras e figurões da nomenclatura socialista... e não só.



Gangues da noite do Porto não perdoam
ASSASSINADO NA AUTO-ESTRADA


> Outros ocultaram. Um muro de silêncio abateu-se sobre as circunstâncias do acidente em que foi vítima um empresário da noite. O SP não tem medo e conta tudo.



Garcia Pereira acusa partidos do poder de...
TRAIÇÃO NACIONAL


> O Candidato do PCTP/MRPP às legislativas diz que o Executivo socialista «é uma fraude», acusa os políticos do arco do poder de «traição nacional» e entende que «o País está à beira da catástrofe». Garcia Pereira defende ainda que nenhum deputado ou governante deve passar a ter um rendimento superior ao que tinha antes de ter sido eleito ou nomeado.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Amanhã nas bancas, a Edição Nº9

Pedro Proença referenciado
nas escutas do «Apito Dourado»
«É O QUE A

GENTE COMBINOU»

> Na véspera do encontro que decidiria a Supertaça da época de 2003-2004, o presidente do FC Porto preocupava-se em saber quem seria o árbitro que iria dirigir o confronto que poria frente a frente FC Porto e União de Leiria. Assim sendo, nada como obter informações junto de Pinto de Sousa, o presidente do Conselho de Arbitragem.

ENGATES GAY NA A5

> Um ex-governante é uma das presenças assíduas entre os clientes da classe alta que usam a área de serviço de Oeiras para encontros sexuais.

É a primeira vez que o PCP assume
COMUNISTAS ASSOCIAM PEDROSO

E FERRO À PEDOFILIA

> O incómodo dominou as hostes socialistas. Um artigo no Avante! desanca Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues. Pedro Namora, em exclusivo para o SP, por sua vez, manifesta preocupação por arguidos andarem «à solta» e acredita que se podem safar através das brechas do «sistema». Uma polémica que está para durar, com a aproximação do desfecho do «Processo Casa Pia».

Filipa desvenda a sua intimidade com Simão Sabrosa
«NAMORAR É O SAL E O AÇÚCAR DO AMOR»

> Em Madrid, onde está há quase um mês, junto do marido e filhotes, Filipa Sabrosa faz-nos um balanço das férias, da estada em Espanha e da relação que está mais sólida do que nunca.

DE GUARDA A PRESO

> «Há horas do diabo», diz o povo e com razão. Que o diga também JD que, por essas horas obscuras e imperscrutáveis, viu a sua vida mudar de rumo, nos antípodas da sua circunstância, como se fora «o outro lado do espelho»… e toda a dor que isso comporta para quem pensava estar «do lado certo das coisas»…

Nuno da Câmara Pereira, cáustico
«HÁ UM LIXO POLÍTICO QUE TRANSITA

ENTRE OS GRANDES PARTIDOS»

> O presidente do PPM, que se vai coligar com partidos republicanos da Direita, nas autárquicas, surpreende-nos ao revelar a sua faceta de homem «da Esquerda moderna», adepto de Marx e da sua linha económica, considerando que o actual PSD é um «saco de gatos» em guerra civil há mais de dez anos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Edição Nº8, amanhã nas bancas

A edição de 19 de Agosto do SP revela, em manchete:

DOCUMENTOS APREENDIDOS A OLIVEIRA E COSTA FAZEM CÂNDIDA ALMEIDA REABRIR O CASO SIRESP
600 MILHÕES A ARDER
... e quem paga é o contribuinte

O Semanário Privado sabe que a procuradora-geral adjunta, Candida Almeida, quer reeniciar a investigação do SIRESP, a negociata que remonta a 2005 e ainda ao governo em gestão de Santana Lopes, com Oliveira e Costa, ex-presidente do BPN e à época o líder da holding Sociedade Lusa de Negócios (SLN), e Daniel sanches, antigo ministro da Administração Interna, como protagonistas. Na mira da procuradora está o polémico contrato de adjudicação no valor de 600 milhões de euros. As ligações atingem, também, Dias Loureiro, ex-conselheiro de estado. Ao SP, o presidente da Liga dos Bombeiros (LBP), Duarte Caldeira, diz que acha que o negócio «é estranho» e que o SIRESP «está parado»...


Pode, ainda, ler:

PIRES DE LIMA AO SP
«SÓCRATES não morrerá pobre como o Salazar»

Aos 73 anos, o advogado ainda se indigna com a «falta de verdade» e de «coerência» dos políticos. Tem dúvidas que o «caso Freeport» venha a ser esclarecido, diz que não vai votar nas autárquicas e lamenta que se esteja na vida partidária para defender interesses pessoais.


MITOS URBANOS
Boca-de-palhaço aterroriza jovens no Bairro Alto

Uma falsa história corre os correios electrónicos e semeia o pânico, sobretudo entre a juventude. Uma jornalista da Impala é, de forma indevida e abusiva, associada ao falacioso texto. Teve de desacticar o telefone «para evitar maiores problemas», conta ao SP. Mitos urbanos propagam-se por e-mail.


DESCOBRIMOS
A aldeia do Astérix em Portugal!

Em Couto de Dornelas, o povo é quem mais ordena...
até o padre se pirou...


POR QUE NÃO SAI ESTE HOMEM DA PRISÃO?

Vamos falar do António Ferreira, 69 anos de idade, preso desde 1994, ou seja, enclausurado há 15 anos, sem nunca ter beneficiado de uma saída precária, sem se vislumbrar se alguma vez alcançará a liberdade…Nesta altura, estará o leitor a questionar: «o que fez este homem? Quantas vitimas assassinou? Quantas mulheres violou? Quantas pessoas torturou ou mutilou? De quantas crianças abusou?» Afinal, o que fez este homem para estar preso há tantos anos sem uma oportunidade de «reintegração»?!
Ao mesmo tempo que libertam psicopatas e violadores, os Serviços Prisionais e o Tribunal de Execução de Penas, mantêm encarcerado um sexagenário que não constitui qualquer perigo para a comunidade.


«Big Brother» vigia edifícios do Fisco

A «paranóia securitária» nos edifícios da Direcção de Finanças, em Lisboa, está a levar dezenas de funcionários ao desespero. Queixam-se de claustrofobia e duvidam da constitucionalidade da medida.

domingo, 16 de agosto de 2009

Trabalhadores denunciam mais um escândalo

O LADO NEGRO DA TAP

Trabalhadores «convivem» com baratas e ratos. Dormem na empresa porque não têm subsídio de transporte. E são vítimas de 200 acidentes de trabalho por mês. Tudo isto testemunhou o SP na semana em que foram conhecidos os salários milionários da administração Fernando Pinto

Lado a lado com os salários milionários dos gestores da TAP, e demais regalias atribuídas aos administradores da transportadora aérea portuguesa, existe um cenário negro, que está a indignar os funcionários do aeroporto de Lisboa.
Na semana em que os sindicatos do sector denunciaram a aquisição de 42 novos carros para directores da companhia, o SP dá voz «à revolta» dos operadores de «handling» (assistência em terra) que testemunham «as condições miseráveis» nos seus postos de trabalho. Instalações degradadas, em alguns casos desadequadas à prática profissional e sem requisitos de limpeza dignos, são algumas das críticas apontadas.Os funcionários garantem que «convivem» diariamente com baratas e ratos, pondo em causa a saúde pública; que chegam a passar sede porque não há distribuição de água na «placa» do aeroporto; e que há operadores a dormir nas instalações da empresa para poupar dinheiro nos transportes.
«Depois da situação ter sido resolvida em Lisboa, temos informações de que no aeroporto de Faro a água é sonegada aos funcionários, e estamos a falar de temperaturas que atingem 40 graus no pico do Verão», acusa um dos elementos da Comissão de Trabalhadores (CT) da Groundforce – empresa pertencente ao Grupo TAP, que presta a assistência ao transporte aéreo nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.
«Nos balneários observamos as péssimas condições de higiene: baratas monstruosas, inundações diárias, a caldeira que esteve sem funcionar vários meses seguidos, e tudo isto é secundário para uma administração que, ao mesmo tempo, passa temporadas em hotéis de luxo, dias a fio, com jantaradas incluídas», lamenta Fernando Henriques, coordenador da CT.
«A precariedade chegou a tal ponto, com aposta na subcontratação, que a escravatura da era moderna obriga dezenas de Operadores de Assistência em Escalada da Groundforce (com salários abaixo do ordenado mínimo) a dormir nas instalações do aeroporto para pouparem dinheiro em transportes», acrescenta.

962 acidentes de trabalho em 2008

Os funcionários dos Serviços Portugueses de Handling (SPdH) equiparam as suas condições de trabalho aos países subdesenvolvidos e denunciam a «escandalosa» falta de equipamentos e de meios.
«Temos tapetes, tractores e loaders (veículos para transportar contentores e paletes) com vinte anos, todo o material é escasso, obsoleto e não é renovado, o que potencia centenas de acidentes de trabalho por mês», recordam os membros da CT ao testemunhar: «Há cerca de dois anos uma escada que estava podre cedeu, caiu um passageiro de uma altura de três metros, temos colegas que ficaram tetraplégicos e outros que regularmente partem pernas, braços e ficam com deficiências graves».
Só no ano passado, segundo dados da CT da SPdH, ocorreram perto de mil acidentes, mais concretamente 962 no universo de 3000 trabalhadores. Em toda a escala da Groudforce, a média é de 200 acidentes por mês, e de ano para ano os acidentes têm vindo a aumentar. «Não é difícil chegar a estes valores quando trabalhamos com falta de pessoal e de material e estamos sujeitos a uma pressão enorme».


A azeitona e o caviar

«Afronta», «imoralidade», «vergonha». Estas são as palavras que as duas Comissões de Trabalhadores do Grupo TAP utilizam para classificar os rendimentos dos administradores da empresa presidida por Fernando Pinto.
«Bons salários, bons prémios, excelentes carros e ajudas de custo para tudo, para nós resta sempre o carimbo da crise», diz indignado Vítor Baeta, da CT da TAP.
Em tempos de crise a administração «não atacou outros compromissos contratuais com alguns dos seus quadros considerados o caviar», rematam os trabalhadores ao recordar uma frase proferida por Fernando Pinto, durante uma recente reunião onde estiveram presentes. «Prefiro retirar uma azeitona à classe económica que o caviar à classe executiva», terá dito o presidente da companhia aérea.
O SP tentou ouvir a administração da TAP. Até à hora do fecho da edição não nos chegou qualquer resposta por parte do gabinete de Relações Públicas e Comunicação.



Isabel Guerreiro (Texto)
Xana Duarte (Foto)


Os luxos da gestão Fernando Pinto

> «Excursão de trabalho» ao Brasil. O SP sabe que, no mês passado, algumas dezenas de quadros da área dos Recursos Humanos do grupo TAP rumaram a Belo Horizonte para participarem numa acção de formação, com direito a pagamento integral das despesas. Estima-se que o custo total da «semana de trabalho» terá atingido os 70 mil euros. Os trabalhadores questionam que ganho obteve a TAP com tal medida. Consta que foram tomadas decisões de alteração do organigrama da empresa mas que acabaram por não ser concretizados porque o Conselho Geral não autorizou. Como o SP apurou, paralelamente existem operadores de escala (com vencimentos abaixo do salário mínimo) a pagar do seu bolso acções de formação profissional que podem chegar aos 960 euros.
> Salários milionários. Apesar da administração desmentir, as estruturas sindicais do sector continuam a frisar que os rendimentos declarados por Fernando Pinto em 2008 totalizaram «816 mil euros, duplicando os de 2007», e que as despesas com salários dos membros dos órgãos sociais do grupo TAP ascenderam a «3,88 milhões» de euros em 2008, «mais de 17 por cento em relação a 2007». Um comunicado interno da administração garante que «os prémios relativos a 2006 só foram pagos em 2008, pelo que apenas na declaração de rendimentos deste ano foram incluídos»
> €1 milhão para carros de administradores. Junto ao edifício 25 e Museu TAP podem ser vistas as novas viaturas da polémica. A compra de 42 automóveis top gama de marca Citroen para os directores da transportadora indignou os trabalhadores. Segundo a TAP, a substituição de viaturas de serviço vai permitir uma poupança de 199 mil euros nos próximos quatro anos. «Para uns continuarem a comer camarão, os outros trabalhadores se calhar nem uma sopinha vão poder saborear», diz a CT da Groundforce, ao garantir que a poupança de 200 mil euros equivale a gastar, nesses mesmos quatro anos, mais de um milhão de euros. (30 mil euros x 42 viaturas = €1 milhão de euros). Este valor não inclui os gastos com os motoristas particulares do presidente do Conselho de Supervisão, Manuel Pinto Barbosa, e do próprio Fernando Pinto.
> €220 mil para alojamento de 4 administradores. O subsídio de alojamento atribuído a Fernando Pinto, assim como aos seus colegas brasileiros do Conselho de Administração é de 54 mil euros por ano. Só em despesas de alojamento, os administradores Michael Conolly, Luíz Mor, Manoel Torres e Fernando Pinto custam à empresa 220 mil euros. No entanto, houve uma proposta da administração para acabar com os subsídios de transporte dos funcionários que iniciam funções antes das 7 da manhã. Os trabalhadores suspeitam que Fernando Pinto já tem dupla nacionalidade e garantem que o presidente da TAP comprou uma casa na Beloura, Sintra, onde vive. Consta nos bastidores, que quando o gestor trocou o Brasil por Portugal também a mulher, professora universitária, «recebia um 'subsídio de inserção social' equivalente a 3 mil euros».
> Directores aumentam. Desde a entrada de Fernando Pinto na administração da TAP, em 2000, os directores da empresa passaram de 5 para 30.
> «Gestão ruinosa». Segundo a CT da SPdH, as quatro empresas de subcontratação (Kelly, Omniteam, Adecco e Carristur) custaram à empresa 11 milhões de euros (em 2008 e 2007, respectivamente). «Numa empresa que espera 30 milhões de prejuízo este ano (Groundforce) há 13 salários milionários acima dos 5 mil euros/base», sublinha a CT ao acrescentar: «Em 2006 foi comprado um sistema informático a uma empresa suíça, que custou 2 milhões de euros, o chamado INFORM era para estar operacional em 2007, mas continua sem funcionar na íntegra e só contribuiu para a duplicação de chefias». Os trabalhadores que acusam a administração de «gestão ruinosa» temem ainda que a recente redução do capital social de 8 milhões de euros para meio milhão «é um sinal de que a Groundforce caminha para a insolvência». Talvez só depois das eleições de Setembro para não criar conflito social, prevêem.


IG
Milhões de prejuízos

> Recorde-se que a transportadora aérea TAP registou um prejuízo de 72,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2009. No ano passado e fruto da crise internacional a TAP apresentou prejuízos de cerca de 285 milhões de euros.
No entanto, a Comissão de Trabalhadores da TAP entende que os números revelados pela companhia não incluem todos os custos da totalidade das empresas do grupo. A CT considera que ficaram por contabilizar vários encargos mensais da transportadora, nomeadamente os empréstimos de leasings, os custos que a TAP está a ter com empresas como a manutenção e engenharia no Brasil (VEM), a PGA e os serviços portugueses de handling.
«O único aspecto interessante da administração Fernando Pinto foi alterar a imagem externa da companhia que era bastante má – aí jogou o marketing – e relançar a nossa rede com a abertura da base do Porto ao longo curso…. e não tenho imaginação para mais!», ironiza Vítor Baeta. «A imagem externa é apenas marketing mas os problemas dentro da empresa são bastante diferentes», conclui.


IG
SP Nº7, 12 de Agosto 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Amanhã nas bancas, a Edição Nº7

A edição de 12 de Agosto do «Semanário Privado» revela o lado «negro» da TAP. Trabalhadores «convivem» com baratas e ratos, dormem na empresa para poupar nos transportes e são vítimas de 100 acidentes de trabalho por mês. Paralelamente, revelamos os salários milionários da administração e as benesses dos directores que, na gestão de Fernando Pinto, passaram de 5 a 30.

Medicamentos fora de controlo. Há dezenas de empresas ilegais a operar em Portugal e mais de 80 toneladas de fármacos estão em armazéns espalhados pelo País, colocando em risco a saúde pública, escreve o jornal.

Trabalhadores das Pousadas de Portugal queixam-se de um clima de «terror e ameaças», que pode evoluir para uma greve geral.

A edição nº7 do SP publica ainda a história de um advogado galego que pede asilo político a Portugal e acusa «secreta» espanhola de aplicar «métodos pidescos» para impedir o uso da Língua Portuguesa na Galiza.

Os jornalistas do SP andaram de transportes públicos e encontraram utentes à «beira de um ataque de nervos».

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Editorial

Chamam-nos sensacionalistas

Filipe Pinto
privado.fpinto@gmail.com

É verdade que apelamos às sensações, mas, ao fazê-lo, não cumprimos mais do que o nosso dever. A nossa missão não é «despejar» dados. A nossa missão é informar devidamente quem nos lê. Vivemos num tempo em que a Mentira é já uma Instituição – desde o governo aos grandes grupos económicos – e em que os factos, por si só, não chegam para fazer compreender a verdade. O jornalista é um meio de intervenção – é esse o nosso dever, mesmo que muitos dos da nossa classe, que vivem do «despejar» informação em palavras, vejam o assumir deste com desdém. Se a filha de um autarca consegue uma licença para instalar uma empresa num prédio devoluto, esta informação não basta para chegar ao conhecimento dos factos. É preciso chamar «ladrão» a quem o faz, porque, dessa forma, está no poder e no mercado de forma desleal para com os seus cidadãos. Se a lei obriga, aos milhares de trabalhadores a recibos verdes, a todos os meses pagar à Segurança Social o valor mínimo de €151.58 – quer aufiram ou não quaisquer rendimentos no mês anterior – e, ainda assim, não os protege com o direito ao subsídio de desemprego, entre outros, não basta informar que os trabalhadores a recibos verdes trabalham sob estas condições. Temos de «chamar os bois pelo nome» e dizer que temos um Estado, através da sua, ironicamente chamada Segurança Social, vampiro e ladrão do próprio povo, obrigando milhares, sem dinheiro e sem direitos, a manter, a título de exemplo, duplas e triplas reformas, salários e prémios milionários aos instalados do sistema. Milhares esses que estão completamente desprotegidos pelo mesmo. Se, para levar à compreensão da realidade, temos de interpretar os factos e ser, porque não, subjectivos, então não podemos nem vamos ter medo de o fazer. É maior a nossa responsabilidade, é certo, e sabemos que dificilmente vamos encontrar eco na sociedade aí fora. Mas um dever é um dever, e este é o nosso: ser a voz de quem não a tem, ser o dedo acusador que se levanta quando os outros têm medo. Se procura palavras bonitas ou prosas poéticas, não vale a pena passar desta página. Se procura o desconforto de quem não se ilude mais com as aparências, então vire a página e continue – fique connosco.

SP, Nº6, 5 de Agosto 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Edição Nº6 > 32 PÁGINAS A CORES mais secções, mais informação

A edição de 5 de Agosto do Semanário Privado faz manchete com a denúncia de uma paciente do médico das celebridades, Ângelo Rebelo. A jovem, acusa o clínico de negligência médica e avança judicialmente com um pedido de indemnização de € 150 mil. Rebelo nega tudo e insinua «tentativas de extorsão»

Um ex-administrador da EMEL acusa o executivo de António Costa de ter «abafado» um escândalo de milhões, e explica os «esquemas» estranhos de gestão da empresa, comparando-os aos do BPN.

O caso da manta desaparecida, referido na edição de 1 de Julho, pode ser a chave do mistério que permita reabrir o processo Maddie.

Quem denunciou a conta suíça de Pinto da Costa, foi Filomena – a sua esposa, por altura do processo de divórcio referente ao primeiro matrimónio do casal.
As polícias confessam-se impotentes para combater a lavagem de dinheiro e as negociatas dos ofshores.

Os portugueses queixam-se da saúde que temos. «Voz do Povo» traça um retrato vivo de um dia num centro de saúde da capital.

Pela Liberdade de Imprensa

Pela Liberdade de Imprensa
CONTRA A MORDAÇA E A CRIMINALIZAÇÃO DE JORNALISTAS. A LIBERDADE NÃO SE DISCUTE!

Jornal PRIVADO, Informação Pública

Porque o JORNALISMO não é o mesmo que vender lentilhas. Porque um JORNAL deve ser a última trincheira da liberdade. E porque os JORNALISTAS não são moços de recados.


Escrevinhadores no activo

ANTÓNIO ALTE PINHO

ANTÓNIO PEDRO DORES

JOSÉ LEITE

JOSÉ PEDRO NAMORA

LUÍS FILIPE GUERRA

MÁRIO LESTON BANDEIRA

PEDRO QUARTIN GRAÇA


Parceiros

> GUIA DOS TEATROS
http://www.guiadosteatros.blogspot.com/

> VIDAS ALTERNATIVAS http://www.vidasalternativas.eu/

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